28 de novembro de 2007

Pisca-Alerta e Lagartixas

Quando somos crianças, confiamos em tudo que nossos pais dizem. Isso é muito bom, mas os pais devem tomar muito cuidado com algumas mentirinhas que falam para agilizar as respostas. As conseqüências podem ser, digamos, adversas.

Certa vez estávamos na estrada e, à nossa frente, um caminhão com o pisca-alerta ligado. Eu perguntei à minha mãe:

- Mãe, as duas luzes piscando dos dois lados servem para dizer que o carro seguirá em linha reta, não é?

Eu sempre perguntava respondendo o que eu achava e só pedia uma confirmação com o “não é”. O fato é que eu já havia perguntado muitas coisas naquela viagem (as viagens eram os meus momentos preferidos para esclarecer minhas infinitas dúvidas), e então minha mãe disse:

- Não! Significa que o carro vai explodir daqui a um minuto!

Eu percebi a tensão na voz dela e fiquei esperando o carro explodir. Cheguei a pedir pra meu pai afastar. Entretanto, o caminhão parou de piscar e fiquei aliviado porque o caminhão não explodiria mais “não é, mãe?”

Desse dia pra cá, nunca ligo o pisca-alerta sem me lembrar disso. E não confio muito em deixá-lo piscando por mais de um minuto. (risos) E ainda: “ensinei” para um monte de coleguinha que não podia deixar aquele negócio piscando senão eles podiam ir pelos ares.

Não tenha dúvida: Tudo o que eu escutei de meus pais, eu guardei mesmo (e isto involuntariamente). Vou ser bastante cauteloso com minha filha sobre isso, pois tenho uma mania terrível de inventar respostas rápidas para muitas crianças só para ver a reação. Uma vez disse pra uma menina que se ela andasse descalça, lagartixas iriam para a cama dela à noite. A mãe dela disse que a partir desse dia ela passou a lavar os pés antes de dormir, no entanto, ela criou um pânico com lagartixas, porque eu também disse que além de visitá-la, elas morderiam o seu dedão e chupariam todo o sangue dela – bem devagarzinho.

Senhor, me controle.

Tem mais sobre isso neste post. Clique aqui.

20 de novembro de 2007

Palavras doces

Bia, a mulher que ajudou minha mãe a me 'segurar' quando criança, foi marcante pra mim. Ela morou com a gente e cuidou de mim durante meus primeiros oito anos. Foi minha segunda mãe.

Lembro de muitas coisas com ela. Mas todos os dias lembro de uma coisa que ela me disse, porque se tornou um hábito na minha vida. Certa vez ela disse que sempre, antes de sair de casa, comesse um pequeno pedaço de doce, que podia ser goiabada ou doce de leite para que eu passasse o dia transmitindo palavras doces.

Eu jamais esqueci disso. Obrigado Bia. Garanto que tem dado certo.

9 de novembro de 2007

Desengonçado

É muito bom descobrir como as pessoas me veem. Mas aqui acolá tenho umas surpresas desagradáveis.

Cheguei pra dona do polo de lazer pra pedir um horário pra bater um rachinha de futsal com os amigos e a resposta inicial dela foi:

- E você joga?

Até aí tudo bem. Ao sair da sala dela, indaguei com a atendente. Pedi pra ela olhar pra mim e dizer se eu tenho cara de quem joga futebol.

- Acho que joga sim...

- E honestamente? Perguntei.

- (risadas) Claro que não joga né...

A partir daí comecei a perguntar a todo mundo se eu tinha cara de quem jogava e descobri: NINGUÉM acredita à primeira vista que eu jogue bola. Isso é incrível pra mim, pois jogo desde pequeno e meu maior prazer é jogar, depois do prazer maior do ser humano, claro.

Uma das pessoas disse que eu eu pareço desengonçado.

Nos surpreendemos quando descobrimos o que os outros pensam sobre nós... Mas entendo.

No entanto, pra finalizar, EU JOGO FUTEBOL P#$%&!!!
kkkkkkkkkk

6 de novembro de 2007

O sorriso de uma criança

Vou ser pai daqui a 5 meses, e hoje vi um filme chamado "Jersey Girl".
No filme há uma cena impressionante, na qual a filha se emociona ao ver o pai na sua peça de teatro. Acho que não há NADA no mundo que pague o sorriso desses de uma filha.

Por favor, quem for pai veja o sorriso e depois veja o filme. O sorriso está em 1:50.

http://www.youtube.com/watch?v=xkLSFdvrhq0