23 de agosto de 2009

DENÚNCIA - Trabalho Infantil

Gostaria de contar com o apoio de vocês para denunciarmos a minha esposa (agora EX-esposa) porque descobri que enquanto estou fora de casa, ela fica colocando nossa filhinha de um ano e meio para fazer trabalho escravo em casa, e de quebra ainda fica filmando.

Denuncie já!



;)

21 de agosto de 2009

Autógrafo

Nada melhor para alguém do que a sensação de ser querido, de ser amado. Ser amado por um amigo ou por um parente é normal, mas ser amado por alguém que lhe viu apenas uma vez ou através de televisão, não tem preço. É o sinal mais forte de que a sua “luz interi
or” está brilhando e emanando boas energias. Isto acontece muito com os famosos. Atores, cantores, escritores, esportistas... gente bem sucedida que simplesmente aparece à nossa frente e nos deixa mais felizes.

E dar um autógrafo então, eleva o ego. Pelo menos foi o que aconteceu comigo quando dei meu primeiro e único autógrafo da vida. Claro que os autógrafos que deixo nos bancos, nas financeiras, no crediário das lojas e nos cupons do cartão de crédito não contam. Autógrafo, no sentido de “elevar o ego”, só aquele em que a condição é algo de bom que foi feito e onde o objetivo é deixar uma lembrança para quem sua luz brilhou.

Foi num torneio de futebol de salão em uma cidade vizinha. Meu time era de veteranos, mas o goleiro podia ser jovem, no caso, eu. O torneio consistia em três partidas e o campeão teria que vencer todas. A quadra (ou ginásio) estava lotada, pessoas assistiam de pé se amontoando. Como meu time era o da maior cidade entre as que disputavam, havia uma pressão e certa antipatia contra a gente, como se nos achássemos os melhores e tal.

E logo na entrada para o primeiro jogo, onde tivemos que passar pelo meio do amontoado das pessoas, já senti que seria uma noite diferente. O jogo era contra o time da casa e “viado”, “fidiquenga”, “maconheiro” e “corno” foram os nomes mais suaves que ouvimos enquanto caminhávamos.

Bom, vencemos os dois primeiros jogos com certa facilidade e a raiva da torcida local só aumentava. Não importava contra quem e de que forma, mas eles queriam que perdêssemos.

Então aconteceu a final e, se nos dois últimos jogos a minha estrela havia brilhado, agora eu era o sol. Nem eu sei como é que consegui defender tanto chute. É como se eu fosse uma marionete com alguém muito poderoso lá me controlando. Com o cansaço do nosso time e a insistência do adversário, a torcida começou a pender e torcer pelas defesas que eu fazia. A cada defesa uma vibração enorme. Em uma das defesas, espalmei a bola e ela foi rolando, devagarinho, na direção do gol e um zagueiro recuperou colocando-a pra fora. Houve delírio mesmo.

E para coroar, a partida findou em 0 x 0 indo para os pênaltis, e então defendi a bola final consagrando a vitória do meu time. Houve uma invasão na quadra e todos vieram pra cima de mim, queriam me cumprimentar, me abraçar, uns chegavam perguntando “como é que você faz isso”... Olha, sensação incrível.

E eis que surgem os dois momentos mais marcantes. No primeiro, um cara com um gravador de fita cassete pedindo que eu fizesse uma entrevista para passar no seu programa de esportes da rádio no dia seguinte. Era a minha primeira entrevista. E no segundo, uma menina chega com seu caderno escolar pedindo um autógrafo. Na hora me veio muitas coisas na cabeça mas escrevi apenas meu nome e agradeci. Ela não quis mais nada, virou e saiu feliz. Como esquecer aquilo?

Depois disso, fiquei treinando por dias meu autógrafo. Queria ser um pouco mais criativo, sei lá, colocar “com carinho” ou “felicidades” para o próximo que pedisse. Mas o fato é que nunca mais tive uma atuação tão brilhante quanto naquele dia e jamais dei um segundo autógrafo.