31 de dezembro de 2008

Feliz 2008!

No final de 2007, quem desejou feliz 2008 para mim, vou logo avisando. O seu desejo foi atendido.

Em 2008 nasceu minha princesa, mudei de vida, fui promovido e reconhecido no trabalho, troquei de carro, conheci um número muito bom de pessoas novas, consegui manter o máximo de contato com os velhos amigos, com a família, e está finalizando com uma gostosa sensação de dever cumprido e que passei por mais um ano bem e feliz, junto com minha esposa.

E mais... sem nenhuma dívida! :)

Então, eu imploro, deseje-me um feliz 2009 com a mesma força que desejaram um feliz 2008!

E em 2009 prometo atualizar mais. Tenho N historinhas boas, todas com um título e sem texto, porque o tempo realmente foi pouco para o blog.

UM ABRAÇO EM VOCÊ E UM GRANDE, FELIZ, SAUDÁVEL E SURPREENDENTE 2009!!!

14 de dezembro de 2008

O Preço do Cocô

Fui comprar umas camisas no fim-de-semana passado, aproveitando uma viagem que tive que fazer para Fortaleza. Não gosto de comprar roupas, pois sempre me arrependo da compra algumas horas depois e, além disso, qualquer paninho é mais de 30 reais. Nã...

Na volta, a Lumara, minha filha, pegou o pacote com as camisas e começou a brincar com uma delas. Brincou, brincou até a chegar em casa.

No dia seguinte, ao trocar a fralda dela, minha esposa percebeu um pedaço de etiqueta grudado no cocô dela. Na etiqueta, os números 4,99 num papel amarelo.

Era um pedaço da etiqueta de R$ 24,99 da camisa que havia comprado no dia anterior. Agora deu, essa menina comendo papel. :)

Obrigado

Obrigado por todas as visitas e leituras.
Obrigado aos que entram na comunidade no orkut.
Obrigado pelos comentários.
Obrigado a todos que nunca me viram pessoalmente e mesmo assim me transmitem boa energia.
Obrigado aos que me conhecem pessoalmente e mesmo assim ainda vêm ler minhas historinhas.

Enfim, gratidão é o sentimento que mais me agrada e que sempre me traz retorno positivo. Então, aí uma grande dose de gratidão. Obrigado.

23 de novembro de 2008

Bom de Briga


Nunca fui bom de briga. Devo ter brigado umas três vezes, no máximo, quando criança. Nunca concordei que a força física prevalece sobre o diálogo.

Até porque se eu não pensasse assim, não me restaria nenhuma alternativa para me sair bem dos conflitos que a vida nos impõe.

Na sétima série, eu fazia parte de uma turma. Era uma turma bem bagunceira, mas que não pregava ou impunha nada de maldoso contra as pessoas. No entanto, colocávamos apelidos meio constrangedores nos coleguinhas que acabavam por irritá-los muito.

Certa vez minha turma encheu a cabeça de um colega que tinha o apelido de "Patilha" por causa do tênis que ele usava pra ir à escola, que parecia uma sapatilha de balé. Então ele, enfurecido, escolheu o mais fraquinho da turma para pegar na saída. Ou seja... sobrou pra mim.

Ele me marcou durante todo o restante da aula. Pensei em pedir pra sair com a professora e outras coisas, mas nada parecia ser uma boa idéia. E a minha turma? Só me desejava boa sorte e que, depois do primeiro murro, eles entrariam.

Aí só me restou uma chance. Eu corria muito quando criança. Corria muito mesmo.

Na saída da escola eu já me preparava pra correr quando fui cercado por Patilha. Ele já estava sem camisa, tipo Bruce Lee. Ela havia jogado a mochila no chão, e isso já era sinal que o negócio estava sério. Os colegas fizeram uma rodinha e ali estávamos. Eu não tinha a mínima idéia do que ia fazer. Foi quando apareceu uma professora santa mandando o Patilha parar com aquilo. Ela o fez vestir a camisa, pegar suas coisas e sair.
Mas antes eu falei pra ele:

- Cara, pode sair dizendo pra todo mundo que você me bateu. Que me derrubou e que ganhou de mim. Você é bem mais forte, nem precisa a gente brigar pra eu saber que você vai ganhar. Eu podia correr mas queria que você soubesse disso.

Ele saiu bem zangado, mas no outro dia já estava tudo normal de novo. Evitamos nos ferir e o caso foi resolvido. E nunca mais o chamei de Patilha... na frente dele.

Virus

Já chega.
Recebo muitos e-mails por dia e 90% deles são spam e virus, e a maioria tem algo a ver com dicas e produtos para "aumentar o pênis".

O que me deixa muito intrigado é: como é que eles sabem?

6 de novembro de 2008

Sinceridade

Novo na cidade, fui procurar um salão de beleza com uma aparência confiável para aparar os cabelos. Quando alguém vai cortar o nosso cabelo pela primeira vez, é aquela tensão.

E se ficar um buraco? E se pelar demais? E se a navalha me cortar? Etc., etc., etc.

Afinal, aparência é um treco importante. Tem gente que diz que o que vale é a beleza interior... pode até ser, mas desprezar uma boa aparência 'exterior' é estar totalmente alheio às exigências do mercado, do mundo e tal.
Para aliviar o nervosismo em primeiros encontros, sempre uso prosas. Brincadeirinhas com a pessoa que acabei de conhecer.

Entrei no salão, fui bem recebido e aguardei terminar o atendimento de uma cliente. Quando chegou a minha vez, caminhei até a cadeira, tirei o óculos, cumprimentei a cabeleireira e disse:

- Olá, quero cortar o cabelo. Será que você pode me deixar bonito?

Ela respondeu friamente sem nenhum esboço de sorriso:

- Olha... eu só ajeito o cabelo.

Bom... não sei se admiro a mulher pela sinceridade ou se acho ela uma chata sem-vergonha. rs

21 de outubro de 2008

Tem sempre alguém nos vendo...

... e interpretando nossas ações.

Eu torço pelo São Paulo.

Na copa Libertadores de 2005, todos os jogos eram nas quartas-feiras. Eu gritava muito durante os jogos e principalmente depois das vitórias e classificações.

Uma velhinha, minha vizinha de baixo, fofocou pra vizinhança inteira que eu brigava com minha mulher, e a chamava de anta, e mandava pra pqp e que eu não tinha o mínimo de respeito com ela, quando na verdade os meus berros eram com o juiz e com os jogadores do tricolor durante os jogos.

Vim saber disso quando uma vizinha comentou com minha esposa, perguntando se as fofocas da velhinha procediam...



... e ela ainda dizia que, coincidentemente, as brigas eram toda quarta-feira.

12 de outubro de 2008

Mentirinha

Mentir é ruim, não pela mentira em si, mas pela desmoralização que sentimos quando alguém descobre que mentimos.

E 99% das mentiras são descobertas, é incrível. Esse 1% é o que a gente deixa pra contar quando chega no céu. rsrs

Eu gostava muito de estudar, mas na escola tinha algo muito bom: a hora da merenda. E a merenda não era qualquer coisa não. Às vezes era biscoito doce mais café com leite, outras era baião com uma carninha, etc.

Naquele dia era arroz com ovo cozido espedaçado e requentado na manteiga, meu prato preferido. A comida era na medida, uma para cada aluno. Mas eu não estava a fim de comer só um prato, afinal era ovo cozido espedaçado e requentado na manteiga... hum!

Então fui correndo na hora do recreio para ser logo o primeiro de uma das duas filas e consegui! Peguei meu prato e fui comer quietinho, bem rápido. Então fui arriscar pegar mais um prato e entrei novamente na segunda fila. Ao chegar na minha (segunda) vez a mulher me perguntou:

- Você já comeu?

Nesse momento os dispositivos "mentira agora" começam a funcionar.

- Ainda não tia, tô morrendo de fome.

Minhas pernas quebraram quando ela replicou:

- E esse arroz grudado no seu queixo, o que significa?

Minha vergonha foi tamanha e, depois de limpar o arroz, dei a volta bem rápido e saí correndo. No fim do recreio aquela mulher foi me chamar dizendo que havia sobrado e que eu podia comer. Comi na secretaria com ela rindo de mim, ouvindo ela repetir que eu nunca mais voltasse a mentir.

Bom... agora sempre verifico se há algum arroz no meu queixo antes de mentir. ehehe. Afinal, a vergonha não compensa mesmo.

7 de outubro de 2008

Sobre políticos

Ouvi por aí que:

"Deveriam criar uma lei que obrigasse os familiares dos políticos a usar apenas escolas, hospitais e demais serviços públicos."

Eu daria um ano para tudo ficar uma maravilha.

28 de setembro de 2008

Publicidade religiosa

Viajar todos os dia de moto me dá, durante as viagens, a oportunidade de pensar em todo tipo de coisa. Se eu colocasse aqui tudo o que penso enquanto viajo... rs

Pois bem, acabei de lembrar de um desses pensamentos.

E se houvesse publicidade na igrejas ao invés de pastores e padres cobrando o dízimo?

Quaisquer igrejas, católica, evangélica, etc. Por exemplo, o padre diria: "Oremos... mas antes, um recado." Aí entraria um dos ajudantes: "Seus sapatos estão apertando? Sapatos Kildare são confortáveis e bonitos! Compre Kildare e deixe seus pés nas nuvens."

E continuaria a missa.

Ou ainda, o pastor diria: "Irmãos e irmãs... A bíblia é a palavra de Deus, mas para fazer uma leitura agradável, sugiro óculos Ditalia. Com óculos Ditália você consegue enxergar até as notinhas minúsculas da bíblia e não vai perder nada da palavra. Libere sua fé com óculos Ditalia. Então, segundo a bíblia..."

E continuaria o culto.

Alguém mais já pensou nisso? rsrs

20 de setembro de 2008

Herói

Meu pai e eu no dia da despedida dele do time

Era a final do campeonato de futebol de salão de 1988 e a cidade inteira estava na quadra para assistir ao grande jogo. Os dois times com maior rivalidade se entrentariam e, em um desses times, estava o homem que me protegeu de tudo, que me deu uma infância muito feliz e que me proporcionou ser a pessoa que sou hoje.

Meu pai.

Além de inúmeras qualidades, meu pai foi o melhor goleiro que já vi. Não é pelo olhar de filho. Quem o viu no gol pode confirmar que ele tinha algo de sobrenatural nas mãos, além de uma velocidade e senso de espaço inacreditáveis. E somado a isso, ainda era dotado de uma imensurável coragem - caracerística fundamental de um goleiro de futebol de salão.

Esse dia ficou marcado porque chorei muito. Mas muito mesmo. Para contextualizar melhor, morávamos numa cidade pequena e o clima de rivalidade era tão intenso que passava para lado pessoal, esposas de jogadores adversários se ofendendo, torcidas se esculhambando e por aí vai... eheh

O jogo saiu de 1 x 1 foi para os pênaltis. Meu pai havia feito a parte dele e pegou muito durante todo o jogo. Mais uma vez tinha sido espetacular em quadra.

Mas nos pênaltis, o nosso vizinho de rua, jogador do outro time, não teve dó e marcou o último gol dando a vitória para eles. Naquele momento me deu uma crise de choro interminável. E minha mãe me pegou no braço, tentando me consolar mas nada servia.

Até que meu pai, já sem camisa, veio e me pegou nos braços. Chorei muito e ele só me carregava. Ao descer o degrau da quadra ele me disse sussurrando: "Não chora, não precisa ficar assim. A próxima papai ganha."

Eu continuei chorando, mas aquilo que me falou me marcou muito. Ele não era muito de ter esse tipo de sensibilidade, era frio mesmo, mas naquele dia ele me levou para o vestiário, levou-me nos braços até em casa e me mostrou o que eu não devia me desesperar com as derrotas e que elas fazem parte.

E no torneio seguinte... meu pai ganhou! Pai, eu lhe agradeço muito, muito por tudo, por minha vida e por nossa convivência. Muito obrigado, obrigado mesmo! Te amo.

14 de setembro de 2008

Boca cheia

Gosto de fazer as pessoas rirem. A motivação para isso vem do fato de que eu também rio com a risada dos outros.

Porém, de um tempo pra cá tenho aprendido algumas coisas importantes, como por exemplo, jamais fazer alguém rir enquanto está comendo, principalmente de pé e de frente pra mim.

Assim como tenho atração para bêbados, loucos e velhinhas, parece que também atraio comida mastigada. Por três vezes só neste mês aconteceu algo semelhante. Estou falando com alguém, de repente solto uma prosa básica e... blec! Comida mastigada na minha cara ou roupa.

O pior é que vão embora as reações e a prosa que acabei de contar vai para o ralo. O motivo do riso agora é o feijão mastigado grudado na minha camisa. Meu interlocutor fica com a cara vermelha de vergonha e de tanto prender o riso escancarado.

É engraçado. Mas é nojento. Ou seria, é nojento mas é engraçado?

Bom, só sei que estou fazendo uma pequena lista de vingança. Em um outro evento ou comemoração vou rir nem que seja da sombrancelha da pessoa enquanto eu estiver comendo qualquer coisa. Isso não pode ficar barato. (risos)

Mas eu aprendi. A partir de hoje, fazer os outros rirem de boca cheia, só de bem longe. :)

5 de setembro de 2008

Embuluado

Quando criança, nunca tive dificuldades para comer. A única coisa que eu rejeitava mesmo era maxixe.
Sempre que vinha maxixe na comida eu reclamava e jogava fora. Aquilo mais parece um testículo cheio de espinhos e ainda sai fumaça! Não, tô fora.

E antes de me dar a tigela, minha mãe, de imediato, dobrava um pouco pra esquerda, metia a colher e mexia, mexia... mexia até virar uma mistura suculenta num ponto maravihoso que eu chamava carinhosamente de embuluado.

O embuluado é uma técnica de mistura que só duas pessoas conseguiram fazer de forma plena. Uma foi minha mãe. A mestra do embuluado, que ainda adicionava sempre um ou dois ovos mexidos a qualquer prato. A outra é minha mulher. Deus me deu a sorte de encontrar alguém com o dom do embuluado pra ficar do meu lado. O segredo dela, eu conto: maionese.

Quer me pegar pela boca? Faça uma comida, misture tudo e me chame. Se estiver no ponto do embuluado você entrará num rol seleto, além de ter a minha visita constante para almoço e jantares, ahah.

19 de agosto de 2008

Zelo em excesso

Minha filha é o que tenho de mais precioso.
Mas ela não é como uma pedra preciosa, para qual, excesso de zelo é pouco.
É uma pessoa preciosa, onde o excesso de zelo pode ajudar por um momento, mas que, no futuro pode ser a resposta para uma série de frustrações e fracassos.
Não me acostumo a ouvir coisas do tipo:

“Os pezinhos dela estão descobertos! Ela vai gripar!”
“Não levanta muito ela pois pode faltar-lhe ar!”
“Não pega na parte de cima da cabeça porque afunda.”
“Que tosse é essa? Vamos... será que na farmácia tem carrinho de compras?”
“Olha onde ela colocou a mão! Vou ter que esquentar água de novo para dar banho.”
“A fralda tem que ser Soft Cotton Plus Baby.” Só falta o Tabajara.
“Que shampoo? Ah, aquele de 30 reais que é anti-alérgico e desenvolvido nos melhores laboratórios.”

Até o ponto de uma senhora me parar na rua em plenas 10 horas da manhã, colocar as mãos na cintura e quase me enquadrar:

- Como é que você tem coragem de andar com uma inocente dessas numa hora dessas, menino?!”

Ai meu Deus.
Eu era precioso pra minha família e, com certeza, não fui tratado assim.

Só de lembrar que eu comia barro... ahah

18 de agosto de 2008

Boca Suja

Quero agradecer a uma pessoa que mudou a minha vida.
Que me respeita e que me ajuda a ser feliz.

Minha mulher.

Tudo começou quando, numa festinha de aniversário em que fui de penetra, acabei me sujando com um pouco de salada. Virei e perguntei à pessoa do lado se minha boca estava suja e, ao invés de dizer que sim ou não, ela colocou o dedo no canto da minha boca e tirou um pedaço de mamão que estava lá.

Impressionado com aquilo, esperei alguns minutos para perguntar se ela queria ser minha.
Ela disse que ia pensar. E no outro dia estava lá na minha casa com uma amiga.

O primeiro beijo foi no meu capacete, logo após deixá-la na casa da amiga.
Virou paixão.
Que virou amor. Que virou ilusão, desilusão, pé-no-chão, conhecimento.

Que virou união quando, cansado de andar pelo péssimo calçamento até a casa dela (minha moto não agüentava mais) convidei-a pra morar comigo.

- Ano novo, vida nova. Disse ela, já que era fim-de-ano.

E ficamos juntos na nossa casa pela primeira vez no último dia daquele ano. Comemoramos nossa vida nova, nosso ano novo e nossa vitória numa batalha contra os besouros que já habitavam a casa, que se empolgaram com os fogos de artifícios e resolveram nos atacar. Eu matava a chineladas e ela vibrava.

Então virou cumplicidade quando, em minhas loucuras, ela não media esforços e renúncias para me acompanhar.

Que se transformou em eternidade quando ela me deu o maior presente de todos, minha filha.

A ela, dívida eterna de gratidão.

16 de agosto de 2008

Mundão

Aqui a água é fria, mas não posso negar que moro próximo a lugares deslumbrantes.
Serras gigantescas de onde posso avistar outras cidades inteiras, a imensidão de tudo e curtir o vento forte enquanto vejo.
O cuidado que os donos das casas têm ao colocar flores bonitas como muros e árvores para dar aquela sombra agradável.
As estradas todas encobertas pela sombra das serras, e um frio incrível em pleno meio-dia.
Só não combinam muito as curvas perigosas. Corremos o risco de perder a concentração contemplando a maravilha enquanto dirigimos.
São meus caminhos, que me levam às cidades onde atendo no trabalho. Mas me levam também à uma sensação de paz impressionante e a uma reflexão:

O quanto sou privilegiado! Esse mundo todo feito pra mim.

E o quanto sou pequeno! Principalmente diante de quem criou tudo isso.

É se sentir o máximo e o mínimo ao mesmo tempo... e com toda felicidade e compreensão.

21 de julho de 2008

Água Gelada

Aqui em Baturité, minha nova cidade, a água durante a noite é gelada. Mas não é gelada, é GELADA! Imagine pega um garrafão de vinte litros, colocá-lo na geladeira por um dia e depois tomar banho com essa água?

É assim que estão sendo meus últimos banhos. Aviso logo aí aos que costumam me abraçar que o meu cheirinho pode estar diferente, mas tenho meus motivos: Banhos não muito demorados. eheh

E só pra lembrar: abraçar é fundamental, né? Não vejo a hora de receber abraços da Lumara. Por enquanto ela só me cospe, mas tá valendo.

Curso em Español

Fui fazer um curso sobre um novo produto que a empresa quer lançar. Cheio de expectativa, sentei na cadeira da frente, afinal, seria mais uma novidade para meus clientes.

Mas novidade mesmo foi o idioma das três facilitadoras. Nenhuma delas falava português, apenas espanhol. E o tradicional "portunhol" ainda era meio ruim.

Pense numa situação difícil. Além de tudo, a língua espanhola é traiçoeira. No começo da frase você acha que vai entender tudo. No meio você acha complicado. No fim você entra em desespero e esquece o que foi dito no começo. É um tormento.

Contudo, eu ainda conseguia traduzir algumas coisas. Quando ninguém entendia nada, todos olhavam pra mim pra ouvir o que eu tinha entendido. Quando eu não sabia, eu inventava e ficava por isso mesmo.

Da mesma forma as facilitadoras. Quando elas queriam falar algo, olhavam pra mim. Em um momento ela perguntou "como diz vamos embora". "Pegar el beco" ou "capar lo gatón", respondi.

Ah, e durante os intervalos eu ia buscar conversas com elas. Pedi a elas que pensassem em um artista brasileiro e perguntei qual veio à cabeça primeiro. Adivinha o que elas responderam? Paulo Coelho, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethania? Nada. Reinaldo Gianechinni. Que inveja desse rapaz. Além de bonito, o cara parece ser gente boa, rico, trabalhador, passa na televisão direto e ainda é conhecido no exterior.

Perguntei o que elas achavam do Lula, e elas disseram que é um grande herói que veio da pobreza e chegou à presidência da república. Interessante né? rsrs

Bom, o melhor do curso foi isso. Foi o curso mais divertido que já fiz. E ainda aprendi espanhol pacas.

Qual o seu preço?

Estava fazendo compras e passei por aquelas máquinas que lançam um laser no código de barra dos produtos e dão o preço.
Olha o que é o ócio: eu fiquei rindo sozinho imaginando qual seria a minha reação se eu passasse numa máquina dessas e ela exibisse R$ 0,50. ahah

Vocabulário

A Lumara evoluiu. Ela aprendeu outras palavras além de Angu.

Deguim, Enoquideno, Negum, Daidada, Ite, entre outras. Minha filha tá tão inteligente!

A moda dela agora é fazer som de pum (o tradicional prppppprrrrr) com a boca. É lindo.

28 de junho de 2008

Boa e velha nova vida

O título está esquisito né?
Vou explicar.

A minha vida é um ciclo: Surge um desafio, pego-o, enfrento-o, passo dificuldades, supero-as e tudo fica estável. Então surge um novo desafio, pego-o, enfrento-o, passo dificuldades, supero-as e tudo fica estável. Então surge um novo desafio, pego-o, enfrento-o, passo dificuldades, supero-as e tudo fica estável. Então surge um novo desafio, pego-o, enfrento-o, passo dificuldades, supero-as e tudo fica estável. Então surge um novo desafio............ e sempre assim.

A cada estabilidade, um novo desafio. E em cada desafio uma nova esperança e motivação para viver. Mais uma vez mudei de cidade, de rumos, de planos, tudo por um desafio diferente. Para trás ficam os momentos felizes e os aprendizados e, além disso, a gratidão a todos aqueles que colaboram com minhas vitórias.

Não sei se sentiram saudade do blog, mas é que nessas transições reservo todo meu pensamento e concentração em fazê-las da maneira mais adequada possível.

Porque mudar não é fácil - embora seja necessário - e exige muita determinação.

Eu senti saudade dos comentários, de conferir as visitas, etc. Mas agora estou de volta. Um bom e velho novo Anônimo Famoso, novo por fora e o mesmo por dentro.

Ah, e quanto à Lumara, nem preciso comentar o quanto de felicidade ela está me proporcionando com as primeiras gargalhadas e puxões no cabelo. :)

Abração!!!

26 de maio de 2008

Angu!

Algo de sensacional está acontecendo. A minha filha está começando a responder aos meus estímulos!

Um sorrisinho após cócegas, o olhar me perseguindo... bato palmas 5 vezes e ela fecha o olhinho com susto a cada palma; na sexta palma, não bato e ela fecha os olhos!

Ela já sussurra algumas coisas. Já tivemos, inclusive, um leve diálogo:

- Quem é a filhinha de papai?

- Angu.

- O que você quer ser quando crescer hein?

- Angu.

- E o que você gosta de comer?

- Angu.

- O que é isso aqui? (apontando pro narizinho dela)

- Aaaanguuu!

É simplesmente FABULOSO! :)

24 de maio de 2008

What's your name?

Aos cinco anos comecei a ter interesse em inglês. Era chato ver o Pica-pau e outros desenhos com placas em inglês, com um narrador falando "Fechado" quando o que eu estava lendo - e aprendendo a ler - era "Closed".

A minha mãe era o alvo das perguntas diversas do tipo: como é céu em inglês, como é dente em inglês... Ela sempre respondia, mesmo que fosse errado. Até que uma vez eu perguntei:

- Mãe, como é o meu nome em inglês?

- What's your name. Ela respondeu.

Por alguns anos falei para centenas de amiguinhos que meu nome em inglês era What's Your Name Pires, e que, quem quisesse, poderia até me chamar assim.

No quinto ano do primário - quando comecei a estudar inglês na escola - foi um nó desgraçado eu entender o que significava aquilo.

..........


E sobre o "closed" lá de cima, lembro-me de ter perguntando à minha mãe se a Roberta "Closed" era o mesmo que Roberta Fechada. Na época ela me respondeu "muito pelo contrário" e começou a rir, e eu sem entender necas.

4 de maio de 2008

Soninho

Cuidar da Lumara tem sido um grande desafio para mim e minha esposa. Principalmente para ela. Uma das coisas que aprendi com a paternidade é que, de fato, não há ninguém mais dedicado e que seja mais importante nas nossas vidas do que nossa mãe.

Eu ainda posso ajudar com afazeres como buscar água, preparar o banho, pegar a nenê no berço, acalentar, mas nada parece ser mais importante e tranquilizante do que o colo da mãe. Chego a pensar se não seria interessante que o homem tivesse condições de amamentar, pra dar uma força, sei lá. Mas não.

Tento compensar isto de outras formas. Divertindo minha mulher, por exemplo. Fazê-la sorrir em plenas 3 da manhã após mais de 40 minutos amamentando é o mínimo que posso fazer.

- Amor, por favor pegue um copo de suco pra mim? Diz ela.

Entendo que levantar e ir buscar o suco dançando Moonwalker do Michael Jackson, vai fazer com que o cansaço dela passe um pouco. Ah... e só de cueca.

Depois vem o mais complexo: colocar a Lumara pra dormir. É tanto trabalho que já tentamos várias formas esquisitas de fazê-la dormir. Dizem que o bocejo é contagioso né? Até ficar bocejando perto dela a gente ficou.

A princípio, ela vai do peito para o berço meio sonolenta. Dois minutos depois, um gemidinho lá do fundo surge e aí eu entro. A tomo nos braços e fico rodando pela casa em silêncio. Ela não para de se mexer e então começo a cantar alguma coisa. Pego alguma melodia de ninar e coloco letras sem sentido, sem rima, tentando fazer uma voz suave...

"Essa menina só quer passear,
Ela não quer deixar mamãe dormir.
Agora o papai pega ela pra andar
E depois vou pra cama pra dormirrrr."

Mais ou menos assim. E ela? Dorme!

Mas... 15 minutinhos e de novo o gemidinho. Agora a mamãe vai para a rede, pega ela e coloca de bruços no seu colo. Ela adormece mais uma vez e, meia hora depois, transporto ela do colo da mãe para o berço e aí sim, mais três horas de sono.

E quando acorda de manhã, vem o mesmo rostinho choroso e faminto. É sempre assim, com algumas variações. Ela ainda não sorriu pra gente, exceto numa vez em que apostei com um colega que a fazia sorrir. Coloquei meus dois dedos indicadores e coloquei nas bochechinhas dela e puxei pra cima.

Ter filhos é, sem dúvida, a maior demonstração de amor que uma pessoa pode ter sobre outra. Senão não rola. E ser mulher, bem, tem que ser uma dádiva mesmo.

3 de maio de 2008

Segredo

Eu sou um homem de poucos segredos. Principalmente de 'bons' segredos. Afinal, o que é bom eu gosto de contar. O que me faz feliz eu gosto de compartilhar.

Então, aí vai mais um. Talvez o mais importante da sua vida:

Trata-se de O Segredo, o livro. E para quem não gostar de ler também há o filme, no entanto, o livro é bem mais completo.

Se você dizia ao ler o blog: como é que ele pode ser feliz dessa forma? Bem... após ler o livro você terá a resposta. :)

19 de abril de 2008

O que é amar?

Cheguei à conclusão que nós complicamos o amor. Lembro que, eu mesmo, dizia há um tempo que amar era 'colocar-se entre uma arma e algo que amamos, sem receio'. Cheguei a evitar falar "eu te amo" para muitas pessoas, amigos, parentes, pensando se estaria falando a verdade. "Será que eu morreria por ele(a)", pensava.

Quanto drama. Quanta complicação.

O amor é muito simples. Jesus disse que devemos amar os outros como a nós mesmos. Quando ele falou isso, ele não queria que saíssemos por aí morrendo uns pelos outros.

Enfim... amar é simplesmente desejar e colaborar para o bem do outro, de coração. Se você deseja que alguém seja feliz ou que algo dure por muito tempo, você ama. Qual a distância entre querer ver alguém prosperar e o amor? Não vejo distância.

Essa história de amar é sofrer, é pura balela. Se você sofre ao tentar fazer alguém feliz, isso não é amor. Algo lhe prende ou obriga a querer o bem do outro.

Amar é ótimo. Confesso que fiquei muito mais feliz ao quebrar esse paradigma e perceber que amo muitas pessoas e que, além disso, sou amado por várias também.

Amar é simples, é fácil e gostoso. Aproveite para sair espalhando para todo mundo que você deseja e colabora para seu bem, de coração, que você o ama. Você vai ver o quanto é legal.

Abraços, seja feliz.

21 de março de 2008

Surdo-mudo

Tive que passar três dias em Fortaleza por causa da internação da Lumara. Ela estava amarela, tadinha, com icterícia. Até que ela ficou legal e original aquela cor, mas como se trata de uma doença o médico não deixou que ficasse assim. Ela precisava ficar numa incubadora com luz e calor que eliminariam a doença. Deu certo e ela já está branquinha de novo.

Mas... nem imagine o tédio durante esses três dias. Pra começar, nós fomos a Fortaleza preparados para apenas uma tarde e tivemos que ficar três dias. A minha sogra, que foi junto, ficou com a mesma roupa durante todos os dias, não é lindo isso? A minha esposa não teve muito problema, afinal ela está lactante e os peitos dela ficam pra fora por 80% do tempo em que está acordada. O fato de termos ficado num apartamento legal, com ar-condicionado ajudou um pouco. Eu só suportei a mesma roupa (que já havia passado o dia anterior inteiro com ela) por mais um dia e meio e fui comprar umas roupas pra mim na loja Renner. E para combater a rotina tive que pensar em algo diferente.

Como estava em Fortaleza, tudo pode acontecer. Lembra disso e disso? Pois então.

Para chegar na Renner, eu tinha que atravessar o shopping inteiro com aquela roupa “cheirosa e bem passada...” Então tive que desviar das pessoas com pelo menos dois metros de distância e entrar de maneira sorrateira nos corredores, até chegar na loja.

Eu fui comprar uma roupa pra mim, uma calcinha pra minha mulher e uma roupa para a minha sogra... quer dizer... eu não iria comprar nada para a sogra, mas é bonito dizer esse tipo de coisa né?

Na entrada da loja havia uma sessão de bijuterias e pensei em levar algo de diferente para a minha esposa. A atendente veio e no momento em que fui pedir uma sugestão chegou uma madame mal-educada e perguntou um troço lá. A atendente me abandonou e foi falar com ela. Naquele momento fiquei mudo e sem reação. E quando ela retornou pra mim, uns 3 ou 4 minutos depois, continuei mudo, só gesticulando, como se nada tivesse acontecido.

Fiquei fazendo gestos e ela tentando me responder. Fiz a linguagem de surdo-mudo e ela então percebeu que eu era deficiente:

- Nossa, ele é surdo-mudo... Sussurrou.

Perguntei se várias peças eram bonitas e o que ela achava. Ela só sabia fazer o gesto conhecido como “legal”, nada mais. Além disso ela coçava a cabeça também. No final não escolhi nenhuma bijuteria e ainda perguntei onde ficava a sessão de cuecas. Imagina a cena, por favor. Risos.

Então escolhi as roupas e fui ao caixa. O rapaz lá, sim, sabia atender bem. Continuei como mudo e ele me perguntou tudo gesticulando bem, se era em dinheiro ou cartão, de quantas vezes, etc. Pena que ele não entendeu a linguagem surdo-mudo que eu fazia com as mãos.

Bem, na verdade eu também não faço a mínima idéia do que eu estava querendo dizer com aqueles movimentos com as mãos, mas ele foi muito atencioso e pelo menos me ouviu... quer dizer, me olhou.

De volta ao hospital, umas risadas pra relaxar e nada melhor do que lembrar da cara da atendente quando eu perguntei onde era a sessão de cuecas durante o tempo restante que fiquei por lá. Ajudou-me a relaxar e ter paciência.

Nana

A Nana pediu, e não seria carinhoso de minha parte deixar de atender a um pedido de quem sempre está aqui lendo minhas coisas.

O pedido foi que eu pegasse o livro que estou lendo, abrisse na página 161 e colocasse a frase da 5ª linha. Bom, vamos lá.

O livro que estou terminando de ler, não tem 161 páginas. Tem 160! Não Leve a Vida Tão a Sério de Hugh Prather. É um ótimo manual da felicidade.

19 de março de 2008

Sorte contagiante

Eu sempre me achei um cara de sorte. Não posso reclamar.




E parece que essa sorte é contagiosa. Aproveite.



Digite "procuro sorte" sem as aspas no Google e veja onde vai dar... ahahaha

9 de março de 2008

O Nascimento de um Sonho

Viajei para Teresina no domingo para passar uma semana dando um curso. Em casa, deixei minha mulher e minha filha dentro da barriga dela. Na segunda-feira, Lumara decidiu sair desse lugar solitário e vir para o nosso mundo. Recebi a notícia por telefone:

- [musiquinha do telefonema a cobrar]
- Oi amor, tudo bem aí? Eu disse.
- Tudo... quer dizer, a Lumara vai nascer daqui a uma hora. Respondeu ela.
Após a divulgação da notícia entre amigos, recebi trocentas mensagens de texto, recados no orkut, perguntando como eu estava, pois imaginavam que eu estivesse maluco.

Maluco eu já sou. Mas, como a vida é feita de escolhas, escolhi ficar tranquilo, me equilibrar e fazer o máximo que eu podia àquela distância: pedir a Deus que ajudasse minha mulher e o doutor para que tudo corresse bem.

Então a bebê nasceu. E minha esposa ligou novamente:

- [ligação a cobrar. para aceitá-la continue na linha após identificação... tutuuuu]
- Nasceu? Perguntei.- Sim amor... é linda, é a sua cara.
- Como assim? Ela está saudável?- As mãos e os pés são os seus! Está toda certinha!

Bom... então ela não é lááááá a minha cara. Mãos e pés... tá bom, é melhor do que nada. Fiquei ansioso para ver as fotos, mas o hospital não permitiu câmeras digitais no berçário. Afinal, ela nasceu de 8 meses e estava na incubadora.

Passei a semana inteira me equilibrando, afinal, estava dando um curso para 30 pessoas. A ansiedade era muita. Queria mesmo chegar logo em casa e, mais do que ver, sentir a minha filha. Ver se ela riria pra mim, se ela ficaria calminha nos meus braços, se ela não tinha algo além das mãos e dos pés que parecessem comigo.

Ao voltar, pedi ao piloto do avião que fosse um pouco mais rápido. Quando peguei meu carro em Fortaleza, quase que me lasco por umas três vezes. Aquele negócio do equilíbrio acabou por ali. Até que cheguei em casa. Beijei minha esposa, a agradeci e parabenizei porque não consigo nem imaginar o sofrimento de uma mulher ao parir.

E o rostinho dela? Lindo. O cabelinho? Lindo. Os olhinhos? Lindos. O nariz? Lindo. Tudo era lindo! Inclusive as mãos e os pés. Não chorei, porque tenho muita consciência do que vou ter que enfrentar por ela. Foi uma mistura de felicidade com responsabilidade. Vou me dar por completo a ela.

Depois conto mais detalhes de minha vida como pai. Já tenho umas boas.
Abração.

4 de março de 2008

Nasceu!

A Lumara nasceu.
É tanta coisa que tenho pra falar sobre isto.
Que não sei como começar.

Então, por enquanto, é só pra registrar. E desde já, muito obrigado pelos parabéns que sei que receberei por isso.

Estou imensuravelmente feliz.

Pra variar, esse acontecimento foi cercado de coisas inusitadas e engraçadas. Dessas coisas que só acontecem comigo. Vou contar tudo logo, logo.

Um abraço a todos.

16 de fevereiro de 2008

Consequências

É preciso amar como se não houvesse amanhã? Que história é essa?
E os meus planos? Meu futuro? Projetos que construo hoje?

É preciso amar hoje e amanhã. E viver intensamente, cada momento.
Não pensar no amanhã não é legal.
Tudo tem consequências, boas ou ruins, e gosto de pensar nelas.

Calcular risco, enxergar na frente... há pessoas que acham que isso é perda de tempo. Eu acho sensatez.

Sabe por que eu não pego na comida? Não... não é porque sou fresco. Mas porque penso em lavar as mãos depois e mesmo assim continuar com aquele gostoso cheirinho de frango nas mãos.

Sabe por que levanto a tampa da privada antes de urinar? Não... não sou o homem perfeito. Mas sim, porque eu sei que vou precisar daquela tampa limpa mais cedo ou mais tarde.

E vou logo me aquietar porque hoje é sábado... risos.

10 de fevereiro de 2008

O olhar que vem de cima

Eu tenho 1,84m. E me considero alto.

Geralmente olho para as pessoas com a cabeça inclinada para baixo, no entanto, ontem foi diferente.

Levei meu carro para a revisão e o cara que me atendeu deveria ter uns dois metros. Ao conversar sobre as possíveis manutenções no carro, ficamos de pé e, pela primeira vez conversei com alguém com a cabeça inclinada para cima.

Quer dizer... antes, eu so inclinava a cabeça desta forma para falar com alguém se fosse para falar com DEUS...

Então tive um sensação diferente, sabe? Uma vago sentimento de inferioridade só por causa da altura. Acho que deve ser o costume, pois, no mesmo momento imaginei como as pessoas se sentem ao falar comigo. E elas, em sua grande maioria, NÃO se sentem inferiores.

Foi um excelente aprendizado. :)

4 de fevereiro de 2008

Tá chegando a hora!

Daqui a alguns dias chega a minha filha.

Cara, quando pego na barriga da minha mulher, tenho a impressão que ela está dançando balé lá dentro, com toda leveza de uma bela bailarina. Tudo bem que às vezes ela mais parece uma boxeadora, mas é raro.

Não vejo a hora!

Sei que estou preparado pra enfrentar o desafio de ser pai, porque já ouvi falar que pra isso basta ter amor, e isso eu tenho de sobra.

Quanto à educação, bem... pela foto você tira mais ou menos como será. ehehe

Abraços.

26 de janeiro de 2008

Sábado é o dia

Deus me protege demais. Todos os dias, todas as horas. Mas acho que ele descansa no sábado.
Sábado é o dia em que acontece tudo de mais estranho comigo.

Poderia contar o que aconteceu hoje em vários posts, mas apenas um resolve já que pouca gente lê mesmo... :)

Bem... de manhã fui comer o bolo que minha mulher fez pra mim. Ao abrir o pote (já achei esquisito ela ter colocado o bolo num pote), achei que tinham soltado uma bomba em cima do bolo. E ainda estava todo melecado. Com um pedaço daquilo nas mãos, perguntei:
- O que aconteceu com o bolo?
- Ah... o sabor da massa é ruim.
- E por que tá lambuzado desse jeito?
- Tentei corrigir jogando leite moça em cima...

Não corrigiu.

Logo depois de apreciar o bolo, fui lavar as mãos e escovar os dentes. Abri o suporte do banheiro pra pegar minha escova e creme dental. A escova, beleza. O creme dental, confundi com o Benegel (uma imitação de Gelol, que uso depois do futebol). Só percebi o vacilo depois de umas três escovadas.

Aí fui encher as garrafas.
Não coloco água mineral naqueles suportes porque o daqui dava formiga. É incrível. Formiga bebe água? Tentei de tudo, até colocar veneno dentro do suporte, o que me fez deixá-lo de lado de uma vez por todas.
Então eu pego a água do garrafão e transfiro para as garrafas menores para guardá-las na geladeira.
Algo aconteceu com minha cabeça que passei uns 10 segundos tentando colocar o garrafão dentro da geladeira.

Então fui pegar o almoço. Duas marmitinhas num restaurante aqui próximo. Depois do bolo não quis arriscar almoçar o que minha mulher fizesse.
Uma marmita de feijoada e outra de frango. Metade de cada marmita pra cada um de nós. Tudo ia bem até colocarmos os pedaços de carne próximos da boca:
- Amor, você tá sentindo cheiro de... de... algo ruim? Perguntei.
- Esse algo ruim seria cocô? Respondeu perguntando.
- Eu não queria que você me confirmasse isso.

A feijoada estava com cheiro de cocô! Não é inacreditável? Aquela feijoada me fez lembrar de uma vez que estava apertado durante uma viagem e parei pra urinar no banheiro de um posto de gasolina.

É claro que não comemos mais e voltei ao restaurante pra trocar as quentinhas. O dono do restaurante é meu amigo e não hesitei em chamá-lo num canto pra explicar a situação. Ele trocou de pronto. Mas, cadê a vontade de comer aquilo.
Bem... comemos, senão a fome tomaria de conta.

À tarde fomos assistir aos DVD's que aluguei. DOIS não rodaram. DVD's riscados ao limite. Fui imprimir um documento importante para segunda-feira e surgiu a mensagem "cartucho colorido com defeito" e não teve quem fizesse essa impressora funcionar.

Enquanto escrevo aqui, vou dando CTRL-C direto. Ainda receio que não dê certo postar!
Pelo menos consigo dar risada dessas coisas... :)

Ufa! Postou. Até o próximo sábado. Deus, acabou o descanso, volte já, pelo amor de D... você.

23 de janeiro de 2008

Sim, sou eu.

Respondendo a milhares de leitores (na verdade foi só uma leitora), sobre a foto do palhacinho do post "Devolva Minha Fantasia"... Sim, sou eu.

Pode ser que alguém mais tenha se perguntado isso. Não sei por que, pois não tenho nada de palhaço. :-p

19 de janeiro de 2008

Receio de Injustiça

A maior qualidade de um ser humano é a justiça.

É o que mais procuro ter em todos os aspectos.

Roubar, por exemplo, é o ato que considero mais injusto. Não falo apenas sobre questões materiais. Roubar direitos, roubar sonhos, roubar oportunidades... se você rouba, pega algo que não deveria ser seu, pelo menos naquele momento.

A 'possibilidade' de alguém imaginar que eu aja com injustiça, já me desconcentra.

Sabe aquelas máquinas que ficam nas portas das lojas? Elas detectam se alguém está levando algo sem pagar. É claro que não faço isso, mas fico com um receio desgraçado quando vou passar por aquilo. E se aquela máquina apita e é injusta comigo? E se as pessoas ao redor me virem como um ladrão?

Sempre que vou passar passo bem devagar e já me aprontando com palavras de indignação, para o caso de acontecer isso. ehehe

1 de janeiro de 2008

Fogos de Artifício

Lembra quando eu disse isso? Some com mais um: o de fogos de artifício.

Meu reveillon foi lindo, na beira da praia, com minha esposa grávida e muita gente bonita (e feia também). Enfim, mil maravilhas. Porém, quando começou o 'show pirotécnico' me veio uma lembrança bem recente que me fez tremer de medo e procurar sair o mais rápido dali.

Eu nunca tinha pisado numa delegacia.

Fomos comemorar o aniversário de um colega de trabalho com uma surpresa numa pizzaria. A surpresa se tratava de uma mensagem num carro de som narrada por um locutor gago e péssimo no português. O sinal para que o carro viesse à pizzaria seria uns fogos de artifício que os funcionários da pizzaria soltariam.

Acontece que o cara da pizzaria que soltou os fogos era de menor, e pra acabar de completar, a bomba não estourou no tempo certo e acabou atingindo os pés de uma criança. Fomos bater na delegacia, eu, a dona pizzaria, o adolescente, uns colegas do trabalho, o aniversariante... E ainda fiz vigília no hospital com a mãe do menino rezando que não fosse nada grave.

Eu já não gostava de fogos, e a partir desse dia passei a detestar.

Até que é bonito, mas pela TV ou então a pelo menos 500 metros de mim.

O que aconteceu no reveillon é que, droga, os caras precisam estourar esses fogos em cima de uma multidão? Em cima da gente?

Vai que acontece o que aconteceu com o menino?

Parece trauma mas não é. É que fogos trazem um perigo real e um risco enorme. Não pode haver falhas e como falhas são muito comuns nesse tipo de produto... E mais, sempre acontecem quando a gente menos espera e onde a gente menos espera.

Bom... Feliz 2008 pra vocês! Fogos de artifício, só de longe ok?