24 de novembro de 2013

Banho de lata

Já falei aqui no blog que água nunca foi uma coisa muito fácil na minha vida. A prática em tomar banho de lata (ou de balde) me inspirou a fazer um pequeno tutorial para quem venha passar pelo mesmo.

1. Nunca deixe o balde muito perto
Quando você jogar a água na cabeça, invariavelmente vai cair uma ou trinta gotas de volta no balde. Caso esteja ensaboado, não vai ficar legal.

2. Não derrame a água da lata toda de uma vez
Você perde cerca de 60% da eficiência da água quando joga toda de uma vez. O correto é derramar aos poucos, sempre começando pela cabeça. Mesmo que queira lavar a barriga, comece sempre pela cabeça. Lembre-se que a gravidade vai levar a água da cabeça para qualquer parte do seu corpo.

3. Use o cabelo para espalhar a água
O seu cabelo é fundamental para molhar as laterais do seu corpo. Enquanto derrama a água, faça um sinal de “não” com a cabeça, ou cante alguma música como o Steve Wonder.

4. Xampu e sabonete em um mesmo momento
O primeiro é sempre o xampu, porque você já aproveita a espuma que desce para facilitar a passagem do sabonete. Aproveite esse momento para dar um pouco de carinho a si mesmo, explorando cada parte do seu corpo e se conhecendo melhor.

5. Nunca esqueça as partes íntimas
Para a parte de trás, jogue a água pelo pescoço descendo pela divisória das costas, até chegar ao ponto. Você acha que Deus fez esse rego nas suas costas a toa? Na parte da frente, mulheres seguem a mesma regra da parte de trás. Para os homens é um pouco mais complicado, porque é impossível lavar bem com apenas uma das mãos. Então o procedimento é o seguinte: encha a lata até o meio e agarre-a com suvaco. À medida que você for se inclinando, a água vai cair como uma pequena cachoeira. Agora é só mirar bem e lavar o dito cujo com as duas mãos. Não esqueça que o câncer de pênis mata 400 homens por ano, e mais de 1000 precisam tirá-lo fora, apenas por problemas de limpeza. Dedique um tempo especial ao seu garoto.

6. Aproveite a água para a descarga
Coloque um balde vazio entre suas pernas enquanto toma banho, e depois aproveite o seu “caldo de banho” para encher a caixa de descarga da privada.

Espero ter ajudado. O próximo tutorial é “como lavar a louça”, e está imperdível.

30 de outubro de 2013

RAFLU - Regra do Acaso Flutuante

Se tivéssemos a certeza do que vai acontecer amanhã, a vida seria completamente monótona e provavelmente muito sem-graça. Apesar disso, há uma procura imensa pela capacidade de prever as coisas. Faz parte da nossa humanidade, tentar descobrir o que o futuro nos reserva.

Algumas pessoas usam da fé para criarem dentro si, a certeza do amanhã. Mas fé não é certeza e certeza não é fé, por isso mesmo são duas palavras diferentes. Fé tem a ver com “acreditar que é possível” e certeza já é o fato concreto em si. É possível ter fé no amanhã, mas a certeza nunca será plena com relação ao futuro. Você pode ter fé que o cliente que lhe comprou 50 vezes fiado e pagou sem nenhum dia de atraso, não vai atrasar na próxima compra. Mas você arriscaria dizer que tem certeza disso?

Infelizmente não dá pra viver confiando apenas na fé, pois o acaso está sempre fazendo parte das nossas vidas. Sempre há espaço para o inesperado, sempre há uma possibilidade, sempre há um risco, sempre há uma chance. O máximo que podemos fazer é ter as atitudes necessárias para desenhar o nosso futuro, reduzindo as chances do acaso mudar tudo. E falo “reduzindo” porque é impossível simplesmente eliminar o acaso. Ele sempre estará lá.

Eu desenvolvi uma teoria chamada RAFLU – Regra do Acaso Flutuante que traz para nós, o máximo de comando possível do nosso futuro. O acaso sempre existirá, mas ele “flutua” de acordo com as nossas ações.



Quanto mais você deixa sua vida nas mãos do acaso – próximo aos 100%, menos controle do seu futuro é possível ter. O acaso nem sempre é ruim. Algumas vezes, o time que chutou 30 vezes ao gol perde para o adversário que chutou apenas uma vez. Mas, definitivamente, não recomendo que você conte sempre com isso.

Quem deseja desenhar o futuro, puxa a setinha do acaso para o mais próximo possível de zero (sendo que o zero absoluto nunca vai ser possível). Esse “puxar a setinha” é baseado em cada uma nossas atitudes preventivas ou ainda pelas iniciativas que temos perante os fatos.

Quando o cantor Zeca Pagodinho canta “deixa a vida me levar”, ele está ignorando completamente a setinha do RAFLU e deixando sua vida nas mãos do acaso. Aposto que ele falou isso da boca pra fora porque, certo dia, o vi na TV resgatando pessoas após o mais incontrolável dos acasos, que são os fenômenos da natureza, como a chuva. Imagine estar em um barco sem leme, deixando o rio furioso lhe levar para onde ele quiser. Nem pensar.

Você pode usar o RAFLU em qualquer área da vida e para qualquer objetivo traçado, por mais simples que seja. O que você está fazendo em sua vida e em seu trabalho para “puxar a setinha” do RAFLU e não deixá-los nas mãos do acaso?

24 de setembro de 2013

Cinderela

O dia inteiro trabalhando, e a cada passo, a cada ação, em todos os segundos eu só penso em vocês.

Não vejo a hora de chegar em casa, só pra ver vocês me recebendo com aquele abraço e me perguntando se eu trouxe presente.

E me contam como foi o dia, o nome do amiguinho que fez alguma brincadeira sem-graça na escola, e sobre a amiguinha que levou um brinquedo novo.

O que comeram, se há algum machucado novo, se há alguma dúvida nova, uma pergunta nova...

E aí levanto vocês até o teto, brincamos de dançar, de cavalinho e de fazer cócegas e careta, para rir, e rir muito.

E na hora de dormir, vocês vêm para minha cama e o travesseiro preferido é o meu peito, com a barba mal feita pra vocês passarem as mãozinhas de brinde.

Aí conto uma historinha pra vocês. Muitas vezes, a mesma historinha. Outras sem pé nem cabeça.

Quando o sono não vem, aí apelamos para musiquinhas de ninar. Essas sim, infalíveis.

E não muito raramente, mas com a mesma preciosidade de algo raríssimo, vocês resolvem me tirar dessa maravilhosa rotina para torná-la ainda mais perfeita com suas surpresinhas. Todos os dias.



Minhas filhas, muito obrigado por tudo. Eu vivo e sempre viverei para vocês. Vocês são o sentido da minha vida. Amo vocês e a mamãe de vocês, mais do que qualquer coisa nesse universo.

Um beijo.

24 de maio de 2013

Como não ganhar dinheiro na internet

Entrei na internet pela primeira vez em 1998 e de lá pra cá, se juntar todo o dinheiro que já ganhei com ela, o total é de aproximadamente zero reais.

Confesso que nunca foi minha intenção principal, ganhar dinheiro postando nos meus blogs, depois no Twitter, Facebook, etc. Mas, depois que algumas coisas aconteceram, imagino que isso poderia ser possível, e fica aquela sensação de que estou investindo mal o meu tempo. É claro que ao postar frases, receber feedbacks, depoimentos e até mesmo críticas ou opiniões contrárias... tudo isso de certa forma tem enriquecido minha forma de pensar e de agir com as pessoas, além de me proporcionar boas risadas. Mas dinheiro que é bom, nada.

Aí, despretensiosamente posto coisas como "Todos na mesa bebendo cerveja e eu com meu iogurte Betânia", "Sou do tipo que come pão com ovo com ketchup Heinz", "Vontade de comer a televisão com esse comercial da Cacau Brasil" e muitos outros do tipo, que acabam influenciando algumas pessoas mesmo que indiretamente, a ponto de falarem “Quando vejo iogurte Betânia, só lembro de você”, “Passei a comprar ketchup Heinz depois daquele tweet e não é que o melhor que já comi na vida?” e outras referências positivas sobre os produtos que cito.




É óbvio que me bate o pensamento de que eu poderia ganhar algo com isso, além do fato de as pessoas concordarem comigo. Mesmo assim, acabo me conformando de que nem são tantas pessoas assim que se influenciam. Acho inclusive, que esse nunca seria esse meu primeiro objetivo na internet. Se eu fosse pago para postar coisas, talvez não passasse a espontaneidade e, consequentemente, a credibilidade que acredito que meus tweets devem passar a essas pessoas.

Eu não quero ficar rico na internet, mas ficaria muito bom se pelo menos conseguisse juntar dinheiro suficiente pra realizar o meu sonho de comprar uma camisa oficial do PSG da França. Caso alguém queira me ajudar, mande um e-mail pra luilton.pires@gmail.com. Estou precisando muito dessa camisa.

14 de maio de 2013

Minha égua

Aos 8 anos, eu tinha três funções muito importantes: acordar às 5 da manhã, levar milho para as cabras e dar banho na égua de raça do meu pai. Bolsas de palha em cada lado do guidão da Monark infantil com pneus azuis e meu fiel escudeiro, o “Leão” meu cachorrinho.

5km depois, encostava a bicicleta no tronco de um enorme pé de figo e levava o milho para os cochos das cabras, que não eram muitas, mas faziam muito barulho quando eu chegava. Eu era o popstar daquelas cabras.

Enquanto elas se alimentavam, eu ia buscar a égua no curral para levá-la a um rio próximo, para que ela pudesse tomar aquele banho gostoso. Pegava uma palha de coqueiro e deixava só o cipó do meio para usar como “acelerador” da égua. No começo, um leve açoite e a égua começava a andar. Um açoite um pouco mais forte e ela corria. E assim foi por alguns dias.


Com o tempo, o Leão, meu cachorro, aprendeu a encostar a porteira quando saíamos para o rio, e a abri-la quando chegávamos. Mas o mais interessante foi o que a minha égua aprendeu. Depois de alguns dias, o açoite passou a ser completamente desnecessário. Bastava levantar o cipó que ela já disparava. Acho que ela via pela sombra quando eu levantava o cipó. E depois de um tempo, bastava falar “vamo”, que tudo se resolvia.

Ao descobrir isso, fiquei maravilhado. Não só pela capacidade da égua em desenvolver esse “raciocínio” para não levar um açoite, mas principalmente porque eu odiava bater nela. Minha égua me deu uma bela lição: se eu sei o que tenho que fazer, pra que esperar alguém me dar um açoite para me fazer começar?

13 de janeiro de 2013

Romantismo

Antes de ler, responda rapidamente a pergunta abaixo:

Quem é mais romântico: o homem ou a mulher?

Eu queria saber quem inventou essa história que a mulher é mais romântica do que o homem. É bem simples reconhecer que o homem é bem mais romântico que a mulher. Basta ir numa dessas lojas de "loucuras de amor" e ver quem faz mais. Ou ainda, verificar quem compra mais presentes, quem tenta agradar de todas as formas possíveis, inclusive com atitudes simples como abrir portas, ceder cadeiras, dar flores, carregar sacolas, cobri-la com seu melhor casaco, defendê-la incondicionalmente, etc.

Além disso, é fato que o homem se declara muito mais do que a mulher. Eu diria que de 10 declarações de amor, 9 são originadas pelo homem.


É bem mais fácil ver um homem fazendo bobagem por uma mulher do que o contrário, e isso é bem característico de uma pessoa romântica. Muitas vezes renunciando a tudo que conquistou só pra impressioná-la, trabalhando dobrado só pra poder lhe comprar aquele colar.

Fico indignado com essa falta de reconhecimento. Mulheres, tratem de perceber isso.