24 de maio de 2013

Como não ganhar dinheiro na internet

Entrei na internet pela primeira vez em 1998 e de lá pra cá, se juntar todo o dinheiro que já ganhei com ela, o total é de aproximadamente zero reais.

Confesso que nunca foi minha intenção principal, ganhar dinheiro postando nos meus blogs, depois no Twitter, Facebook, etc. Mas, depois que algumas coisas aconteceram, imagino que isso poderia ser possível, e fica aquela sensação de que estou investindo mal o meu tempo. É claro que ao postar frases, receber feedbacks, depoimentos e até mesmo críticas ou opiniões contrárias... tudo isso de certa forma tem enriquecido minha forma de pensar e de agir com as pessoas, além de me proporcionar boas risadas. Mas dinheiro que é bom, nada.

Aí, despretensiosamente posto coisas como "Todos na mesa bebendo cerveja e eu com meu iogurte Betânia", "Sou do tipo que come pão com ovo com ketchup Heinz", "Vontade de comer a televisão com esse comercial da Cacau Brasil" e muitos outros do tipo, que acabam influenciando algumas pessoas mesmo que indiretamente, a ponto de falarem “Quando vejo iogurte Betânia, só lembro de você”, “Passei a comprar ketchup Heinz depois daquele tweet e não é que o melhor que já comi na vida?” e outras referências positivas sobre os produtos que cito.




É óbvio que me bate o pensamento de que eu poderia ganhar algo com isso, além do fato de as pessoas concordarem comigo. Mesmo assim, acabo me conformando de que nem são tantas pessoas assim que se influenciam. Acho inclusive, que esse nunca seria esse meu primeiro objetivo na internet. Se eu fosse pago para postar coisas, talvez não passasse a espontaneidade e, consequentemente, a credibilidade que acredito que meus tweets devem passar a essas pessoas.

Eu não quero ficar rico na internet, mas ficaria muito bom se pelo menos conseguisse juntar dinheiro suficiente pra realizar o meu sonho de comprar uma camisa oficial do PSG da França. Caso alguém queira me ajudar, mande um e-mail pra luilton.pires@gmail.com. Estou precisando muito dessa camisa.

14 de maio de 2013

Minha égua

Aos 8 anos, eu tinha três funções muito importantes: acordar às 5 da manhã, levar milho para as cabras e dar banho na égua de raça do meu pai. Bolsas de palha em cada lado do guidão da Monark infantil com pneus azuis e meu fiel escudeiro, o “Leão” meu cachorrinho.

5km depois, encostava a bicicleta no tronco de um enorme pé de figo e levava o milho para os cochos das cabras, que não eram muitas, mas faziam muito barulho quando eu chegava. Eu era o popstar daquelas cabras.

Enquanto elas se alimentavam, eu ia buscar a égua no curral para levá-la a um rio próximo, para que ela pudesse tomar aquele banho gostoso. Pegava uma palha de coqueiro e deixava só o cipó do meio para usar como “acelerador” da égua. No começo, um leve açoite e a égua começava a andar. Um açoite um pouco mais forte e ela corria. E assim foi por alguns dias.


Com o tempo, o Leão, meu cachorro, aprendeu a encostar a porteira quando saíamos para o rio, e a abri-la quando chegávamos. Mas o mais interessante foi o que a minha égua aprendeu. Depois de alguns dias, o açoite passou a ser completamente desnecessário. Bastava levantar o cipó que ela já disparava. Acho que ela via pela sombra quando eu levantava o cipó. E depois de um tempo, bastava falar “vamo”, que tudo se resolvia.

Ao descobrir isso, fiquei maravilhado. Não só pela capacidade da égua em desenvolver esse “raciocínio” para não levar um açoite, mas principalmente porque eu odiava bater nela. Minha égua me deu uma bela lição: se eu sei o que tenho que fazer, pra que esperar alguém me dar um açoite para me fazer começar?