Tive que passar três dias em Fortaleza por causa da internação da Lumara. Ela estava amarela, tadinha, com icterícia. Até que ela ficou legal e original aquela cor, mas como se trata de uma doença o médico não deixou que ficasse assim. Ela precisava ficar numa incubadora com luz e calor que eliminariam a doença. Deu certo e ela já está branquinha de novo.
Mas... nem imagine o tédio durante esses três dias. Pra começar, nós fomos a Fortaleza preparados para apenas uma tarde e tivemos que ficar três dias. A minha sogra, que foi junto, ficou com a mesma roupa durante todos os dias, não é lindo isso? A minha esposa não teve muito problema, afinal ela está lactante e os peitos dela ficam pra fora por 80% do tempo em que está acordada. O fato de termos ficado num apartamento legal, com ar-condicionado ajudou um pouco. Eu só suportei a mesma roupa (que já havia passado o dia anterior inteiro com ela) por mais um dia e meio e fui comprar umas roupas pra mim na loja Renner. E para combater a rotina tive que pensar em algo diferente.
Como estava em Fortaleza, tudo pode acontecer. Lembra disso e disso? Pois então.
Mas... nem imagine o tédio durante esses três dias. Pra começar, nós fomos a Fortaleza preparados para apenas uma tarde e tivemos que ficar três dias. A minha sogra, que foi junto, ficou com a mesma roupa durante todos os dias, não é lindo isso? A minha esposa não teve muito problema, afinal ela está lactante e os peitos dela ficam pra fora por 80% do tempo em que está acordada. O fato de termos ficado num apartamento legal, com ar-condicionado ajudou um pouco. Eu só suportei a mesma roupa (que já havia passado o dia anterior inteiro com ela) por mais um dia e meio e fui comprar umas roupas pra mim na loja Renner. E para combater a rotina tive que pensar em algo diferente.
Como estava em Fortaleza, tudo pode acontecer. Lembra disso e disso? Pois então.
Para chegar na Renner, eu tinha que atravessar o shopping inteiro com aquela roupa “cheirosa e bem passada...” Então tive que desviar das pessoas com pelo menos dois metros de distância e entrar de maneira sorrateira nos corredores, até chegar na loja.
Eu fui comprar uma roupa pra mim, uma calcinha pra minha mulher e uma roupa para a minha sogra... quer dizer... eu não iria comprar nada para a sogra, mas é bonito dizer esse tipo de coisa né?
Na entrada da loja havia uma sessão de bijuterias e pensei em levar algo de diferente para a minha esposa. A atendente veio e no momento em que fui pedir uma sugestão chegou uma madame mal-educada e perguntou um troço lá. A atendente me abandonou e foi falar com ela. Naquele momento fiquei mudo e sem reação. E quando ela retornou pra mim, uns 3 ou 4 minutos depois, continuei mudo, só gesticulando, como se nada tivesse acontecido.
Fiquei fazendo gestos e ela tentando me responder. Fiz a linguagem de surdo-mudo e ela então percebeu que eu era deficiente:
- Nossa, ele é surdo-mudo... Sussurrou.
Perguntei se várias peças eram bonitas e o que ela achava. Ela só sabia fazer o gesto conhecido como “legal”, nada mais. Além disso ela coçava a cabeça também. No final não escolhi nenhuma bijuteria e ainda perguntei onde ficava a sessão de cuecas. Imagina a cena, por favor. Risos.
Então escolhi as roupas e fui ao caixa. O rapaz lá, sim, sabia atender bem. Continuei como mudo e ele me perguntou tudo gesticulando bem, se era em dinheiro ou cartão, de quantas vezes, etc. Pena que ele não entendeu a linguagem surdo-mudo que eu fazia com as mãos.
Bem, na verdade eu também não faço a mínima idéia do que eu estava querendo dizer com aqueles movimentos com as mãos, mas ele foi muito atencioso e pelo menos me ouviu... quer dizer, me olhou.
De volta ao hospital, umas risadas pra relaxar e nada melhor do que lembrar da cara da atendente quando eu perguntei onde era a sessão de cuecas durante o tempo restante que fiquei por lá. Ajudou-me a relaxar e ter paciência.
Eu fui comprar uma roupa pra mim, uma calcinha pra minha mulher e uma roupa para a minha sogra... quer dizer... eu não iria comprar nada para a sogra, mas é bonito dizer esse tipo de coisa né?
Na entrada da loja havia uma sessão de bijuterias e pensei em levar algo de diferente para a minha esposa. A atendente veio e no momento em que fui pedir uma sugestão chegou uma madame mal-educada e perguntou um troço lá. A atendente me abandonou e foi falar com ela. Naquele momento fiquei mudo e sem reação. E quando ela retornou pra mim, uns 3 ou 4 minutos depois, continuei mudo, só gesticulando, como se nada tivesse acontecido.
Fiquei fazendo gestos e ela tentando me responder. Fiz a linguagem de surdo-mudo e ela então percebeu que eu era deficiente:
- Nossa, ele é surdo-mudo... Sussurrou.
Perguntei se várias peças eram bonitas e o que ela achava. Ela só sabia fazer o gesto conhecido como “legal”, nada mais. Além disso ela coçava a cabeça também. No final não escolhi nenhuma bijuteria e ainda perguntei onde ficava a sessão de cuecas. Imagina a cena, por favor. Risos.
Então escolhi as roupas e fui ao caixa. O rapaz lá, sim, sabia atender bem. Continuei como mudo e ele me perguntou tudo gesticulando bem, se era em dinheiro ou cartão, de quantas vezes, etc. Pena que ele não entendeu a linguagem surdo-mudo que eu fazia com as mãos.
Bem, na verdade eu também não faço a mínima idéia do que eu estava querendo dizer com aqueles movimentos com as mãos, mas ele foi muito atencioso e pelo menos me ouviu... quer dizer, me olhou.
De volta ao hospital, umas risadas pra relaxar e nada melhor do que lembrar da cara da atendente quando eu perguntei onde era a sessão de cuecas durante o tempo restante que fiquei por lá. Ajudou-me a relaxar e ter paciência.