12 de julho de 2014

Equipes unidas demais


A seleção brasileira me ensinou uma coisa importante sobre "equipes unidas demais", quando a união e o profissionalismo são confundidos com uma amizade nada produtiva, daquelas em que se protege o amigo, mesmo que ele vacile e prejudique a conquista de um objetivo comum.

Vi jogadores cometendo erros grotescos, e nenhum companheiro "amigo" chegar pra corrigir, pra dizer "poxa, presta atenção", ou mesmo externar o sentimento de "você tá prejudicando o meu objetivo e o objetivo do time, caramba!" Ninguém quer afetar a "amizade".

E o técnico, que rasga elogios para cada jogador (o que é ótimo), mas evita feedbacks mais consistentes e firmes porque afinal "somos uma família e não quero vê-lo tristinho".

E assim, o sonho vai embora. O objetivo de todos vai embora. Uns jogadores sobressaem, mas no final todos são derrotados.

Não quero dizer que não se pode ter amizade numa equipe de trabalho. Deve. Mas amigo não é aquele que me fala o que eu quero ouvir, mas o que eu preciso ouvir. E que escuta o que tenho pra falar, seja um elogio, seja uma crítica.

União pra mim é isso. Liberdade, seriedade e busca por um objetivo comum. Assim se constroem amigos de verdade. E muitas vitórias.

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