12 de maio de 2007

Vencendo a morte

Nesse mundo de incertezas e surpresas a cada momento, o que mais se aproxima da certeza absoluta é o fato de que um dia iremos morrer.

Já refleti muito sobre isso. O que vai acontecer comigo, com tudo que sei, com tudo o que terei por fazer, com as pessoas que vivem ao meu redor...

Costumo refletir sobre isso sempre que percebo que escapei da morte por pouco, por detalhes.

Posso exemplificar em duas situações:

Certa vez, eu vinha na contramão de um caminho de várzea, numa longa curva. Quando de repente (e sempre é de repente...) um carro aparece na minha frente, assim, do nada. Numa fração de segundo, tomei uma decisão de ir para o meu lado esquerdo, e a grande sorte foi que a decisão do motorista do carro foi a mesma. Ele também foi para o seu lado esquerdo e acabamos raspando um no outro. Detalhe: eu estava de moto.

Noutra vez, ainda quando criança, eu subi na carroceria da caminhonete do vizinho para entrar na garagem. No trajeto havia um varal, e também numa fração de segundo, percebi o arame e abaixei, sendo que o tal arame raspou minha testa, deixando uma marca que durou quase dois anos. Se não abaixasse, o arame teria pego no pescoço.

Eu não estaria mais aqui, e ainda estou por causa de momentos, frações de segundo. Não é esquisito isso?

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